Simulador #031 - Delta Team

Sayume ergueu Selina. Levantou a mão e deu um murro na cara de seu colega.

-Esta é por me chamares garota. Selina, caramba é muito díficil. Depois estendeu a mão... Agora era a Sabrina no comando Minha vida é uma guerra, Os olhes de Sah começaram a encher-se de lágrimas por isso baixou a cara, não queria que reparassem. Onde luto contra seis pessoas, o meu nascimento começou com tristeza e a minha vida também à de acabar assim.

Não queria contar a história da sua vida, mas acho que ambos os colegas de sua equipa sabiam que ela podia matar com um olhar.

- Pelo menos o seu sofrimento um dia vai ter fim... – Uma pequena lágrima, sozinha, percorreu sobre seu rosto. Sua mão se levantou rapidamente antes que alguém pudesse ver. Não chorava pela pancada, muito menos pela situação dela. Chorava por sua própria situação. Todos ali tinham pelo menos uma certeza em sua vida; a morte. Nem isso ele tinha mais. Vagava por este mundo a 116 anos, e ainda não tinha encontrado o destino final. O único motivo que o fez querer virar um shinobi foi que, se em alguma missão ele falhasse, tinha pelo menos a chance de, se alguém o matasse, ele finalmente sair daquele mundo. Sua vida não tinha mais sentido, nunca teve.

Voltou a ter a sua expressão séria, tentando se sentir superior. Mas no fundo ele sabia que era inferior a todos ali. Apesar de seu corpo e seus sentidos serem superiores, no fundo ele era inferior, pois nunca ia ter certeza de nada. Já viu como shinobis agiam antigamente, já viu salvarem parceiros. Mas também já viu deixarem os amigos morrerem para salvar a própria pele. Ele não podia deixar isso acontecer com aquela equipe. Talvez esse fosse o seu destino naquele mundo, ajudar pelo menos uma pessoa a ser alguém melhor.

- É melhor pararmos por aqui, não quero ter que ouvir os seus problemas. – Afastou-se de seus parceiros e se sentou na enorme pedra, que dava vista para o mar. Agora restava apenas ouvir se o sensei ia embora, ou iria voltar e falar algo. Era o único ali que sabia, graças a sua audição extremamente apurada.

"Sayu viste o que fizeste? És uma insensível, devia obrigar-te a ires lá pedir desculpa. Sabrina não gostava de ver pessoas a sofrer. Sabi gostava de ver isso, mas mesmo assim ele estava a merece-las. Sayume e Sabrina nunca concordavam com nada. VAI JÁ. NÃO. Say vai porfavor. Ok Sel. Selina tinha sempre a última palavra.

Depois destes sussuros Sayume aproxima-se e senta-se no chão ao lado dele, e olha para o mar. O meu pai costumava desenhar o mar e depois dava-me os desenhos, e esses desenhos eram só para mim, ele não dava a mais nenhuma delas. Acho que ele sabia que era eu que ia dar problemas. Depois olha directamente para ele. Desculpa. Mas não suporto que nos tratem assim, só eu me sei proteger, elas não. Não posso dar lado de fraca De certeza que ele ia pensar que Selina era maluca por falar em "nos tratem" ou "só eu me sei proteger". Mas agora ela não queria saber disso.

-Desculpa, podemos começar de novo? Chamo-me Selina e tu?

Insana. Essa era a única palavra que podia definir a garota naquele momento. Sussurrava sozinha, tinha vários jeitos de falar, e ainda tratava dela mesma como se existissem pessoas dentro dela. Normalmente se incomodaria com a presença dela ao seu lado, mas naquele momento não ligou. De algum jeito, aquela menina o conquistara com seu jeito. Finalmente alguém não teve medo de confrontá-lo, e ainda ousou bater em seu rosto. Tinha um caráter admirável.

- Meu nome é Taiyou... – Não falava naquele tom a muito tempo. Calmo, sem se importar em parecer superior ou afastar as pessoas. - Você é mesmo louca... Mas sabe, eu sempre pensei assim: A insanidade é apenas um dom, que separa os homens comuns dos abençoados. Você é diferente das pessoas... – Pela primeira vez depois de muito tempo, estava confiando em alguém. Não estava se importando com nada. - Por que você fala de você mesma como se existisse outras? – Normalmente não se importaria com os outros, mas abriria uma exceção naquele momento.

Taiyou tinha reparado que algo se passava com ela. Nunca tinha contado o seu segredo a ninguém, mas algo dentro dela dizia que podia.

-Tenho três consciências, elas não gostam que lhes chame personalidades. Não sabemos de que personalidade é este corpo, mas não sei porque elas assumiram que era o meu. Eu sou a Selina. Sou a junção das três. Raramente apareço eu público. A Sayume trata-me por Sel e a Sabrina por Seh Eu sou a Sayume fui a que te deu o murro, desculpa, sou a badass do grupo. Fui eu que tive agora a falar contigo. A Selina trata-me por Say e a Sabrina por Sayu E eu sou a Sabrina, sou muito estudiosa, boa aluna e a mais calma. A Selina trata-me por Sah e a Sayume por Sabi Agora és tu que decide como queres fazer. Sempre me acharam maluca, e me ponham de parte. Por isso é que me a Say se tornou tão fria e eu quase nunca aparecia. Por isso já estou habituada se quiseres podes não me falares mais do que o necessário, sei que fica mal ser-se visto com uma maluca.

Não tinha reação. Realmente não sabia o que falar. Não sabia com quem falar. A garota parecia louca, mas ele não achava isso. Ela era perfeitamente normal, assim como todas as outras, embora tivesse outros seres dentro do corpo. Seus olhos estavam fixos na garota, ela parecia de confiança, e percebeu que estava se aproximando muito. Ela estava começando a confiar nele, e isso logo o fez lembrar que era inaceitável.

- Olha, você não devia confiar muito em mim. – Chegou mais próximo da garota, colocando seus lábios no ouvido dela. - Eu não sou confiável... Pode parecer estranho, mas sou um vampiro. Se não tivesse controle, já tinha atacado todos aqui e feito de vocês meu almoço. Tenho medo de me aproximar das pessoas por isso. O melhor é você ficar longe, seja lá com quem eu esteja falando. – Sussurou. Se afastou um pouco. Seu tom era sério, como de costume. Não sabia qual seria a reação da garota, mas pelo menos agora ela sabia onde estava se metendo. - Eu não me importo de andar do lado de uma maluca, mas você se importa de andar ao lado de um monstro? –

Ainda de longe, sentado em um galho velho de uma árvore que nem era de verdade, Tsu via que o diálogo de Selina e Taiyou havia saído da área das hostilidades e ofensas e partido para uma área mais amistosa, poderia ser esse o começo de uma amizade entre os dois, poderia também ser apenas fachada. Tsumi não sabia exatamente o que estava se sucedendo ali, mas ainda sentia que precisava ficar ali para se caso acontecesse algo que fugisse do controle. Tsu ainda não tinha total confiança em Taiyou por ele ser um Zahai, nem em Selina ainda, por esta ser tão misteriosa, esse era mais um dos motivos para estar de tocaia ali no campo da equipe Delta.

Sabrina ficara aterrorizada, e por mais estranho que parece Sayume também, e Selina sentia isso, mas não tinha medo.

"Acho melhor nos afastar-mos. Sim, Sel acho que concordo com elas.CALEM-SE, sou eu que decido, vocês não acham que o corpo é meu? Então sou eu que decido."

Selina levantou-se e tocou de leve no braço Taiyou

-Acho que nós a três damos conta do problema. E põe um lindo sorriso.

Matsuyo pronto para ir embora, ficava quieto enquanto seus dois colegas, Taiyou e Selina não paravam de falar, Matsuyo esperava poder chegar em casa rápido, pois tinha de cuidar de algo muito importante seu que a pouco tempo tinha nascido.

O Ryu sem perder mais nenhum tempo ia indo embora - Amigos não tenho mais tempo para ficar aqui há uma coisa me esperando em casa que eu preciso cuidar, então Tchau a todas e até outro dia dizia o jovem Ryu fazendo um sinal de Tchau com a mão direita, após isso o mesmo saia do simulador e ia em direção a sua casa.

Spoiler:

Finalmente as coisas na equipe Delta estavam caminhando sobre os trilhos, o ajuste da equipe estava próximo a algo que já poderia ser considerado ideal para sair por aí fazendo missões. Era gratificante para um instrutor ver que sua estratégia um tanto quanto diferente das convencionais dava certo em um grupo tão estranho de desajustados como aquele era. Taiyou e Selina conversavam amistosamente depois de algumas trocas de farpas, tudo isso enquanto o seremo Matsuyo assistia a tudo de pé ali ao lado, sem manifestar qualquer opinião, talvez tivesse largado de mão. Tsu sabia que as melhoras naquela equipe seriam gradativas e cada dia que convivessem juntos elas iriam se sobrepondo uma a uma, até que pudessem alcançar uma pseudo-perfeição. Os olhos quase verdes e cintilantes do bom e velho Tatsumi contemplavam uma harmonia tão real e maciça que o garoto mal poderia tirar os olhos ou desviar os olhares, que agora voltava-se todo aos garotos, seus alunos

- Yare, já está na hora de eu me intrometer!

Levantando seu corpo lentamente com o apoio dos braços e flexionando as pernas o garoto logo ao erguer-se, já movimentava-se diretamente para o chão com um salto, e em um movimento bem rápido com o corpo aparecia quase como em um teletransporte ao lado dos rapazes e de Selina.

- Garotos e Selina, já está tarde não? Deveriam ir para suas casas, amanhã lhes direi o porque de eu estar aqui até agora, quando lhes disse que estaria de saída... Bem agora não é o momento, vão para suas casas e estejam aqui amanhã no mesmo horário! Boa noite!

Após dizer um boa noite à todos o rapaz se retirava do recinto com outro movimento rápido de corpo.

Enquanto esperava a resposta de Taiyou. O outro membro da sua equipe diz que se ia embora, Selina nem ligou. E depois seu Sensei aparece, A Yamanaka dá um salto com o susto.

-Não volte a fazer isso ou serei obrigada a cortar-lhe a cabeça. Ameaça Sayume num tom de brincadeira. Muito bem então eu também tenho que ir andando Depois vira-se para Taiyou. Também vens?

Uma pergunta que deveria deixar o seu Sensei bem confuso, pois pelo que parecia ele tinha informações de todos os seus alunos.

Uma brisa, apesar de falsa, passa por Selina e faz o seu longo cabelo ruivo esvoaçar no vento, fica envolta em pétalas de uma flor sintética que tinha acabado de ser desfeita pelo vento. E isso fez Selina pensar como este mundo de simuladores é triste, e nas histórias que seu pai lhes contava sobre como eram os treinos quando ele era gennin.

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