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[Treinos] Radin Juri

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Mensagem por Radin Juri Seg Nov 22, 2010 4:58 pm

Radin Juri estava a ler um livro sobre fuinjutsu com o título: “Selamentos, o que são” quando o seu avô apareceu e se sentou à sua frente. O rapaz era bastante distraído, sobretudo quando estava a ler, mas não seria possível ele ser tão distraído que não reparasse num homem de cerca de dois metros de altura e mais uns quantos de largura, com uma pose altamente militar e uma presença igualmente forte sentado à sua frente. Não foi preciso muito para que o jovem, agora com 9 anos, pousasse o livro que estava a ler e cumprimentasse o avô.

- Estou aqui com algum tempo livre e como sei que já descobriste a tua afinidade elemental achei que deveria ensinar-te qualquer coisa sobre ela. Que pensas disso, Juri?

- Acho uma excelente ideia, que vai ser muito frutuosa para a minha formação. Podemos começar já? – respondeu o pequeno com entusiasmo.

O adulto limitou-se a mudar para uma posição vertical e a caminhar em direcção ao exterior, para o campo de treinos da família. Ele era o género de pessoa que entendia tudo à primeira e comunicava tudo apenas uma vez, daí que nem tivesse sentido necessidade de comunicar uma confirmação ao já excitadíssimo neto. Ao contrário do que a maior parte das pessoas pensavam de um “avô”, este não era nem velho, pois a sua idade encontrava-se algures entre os 45 e os 50, nem quebrado ou doente, uma vez que o homem era tão forte e desenvolvido como um bijuu, jamais transmitindo sequer a ideia de que era incapaz de comandar a vila. A única razão pela qual este homem já era avô era o facto de Riku, seu filho, ter adoptado Juri na tenra idade de 16 anos. Não era que o rapaz não pudesse gerar filhos seus, era apenas que os caminhos de ambos se haviam cruzado naquele momento, pelo que era ou sim, ou sopas.

Ao chegar ao campo, a dupla postou-se no meio do relvado descampado, ficando Juri a olhar na expectativa para o seu avô. Este começou a falar com calma, mas de forma curta:

- O jutsu que te vou ensinar hoje serve de base para todo o Raiton que possas aprender, seja em que momento da tua vida for. Embora o nível seja elevado, existe uma grande falha que limita a sua utilização, que é limitar a nossa capacidade defensiva momentaneamente. Por outras palavras, no momento em que estabelecemos o contacto entre o alvo e o jutsu somos, geralmente, incapazes de nos apercebermos de um possível contra-ataque do inimigo, devido à velocidade a que nos movemos. – Aqui o homem fez uma pequena pausa e olhou significativamente para o seu neto – É aqui que tu entras… Riku disse-me que tu consegues, com o sharingan activado, percepcionar movimentos que normalmente não conseguirias. É possível que esse doujutsu te permita cobrir esta falha no jutsu e te permita usá-lo com maior eficácia e com menor perigo do que qualquer outro de nós – dito isto o avô levantou-se e exemplificou – a isto nós chamamos Chidori…

O Radin mais experiente realizou três selos rápidos, embora suficientemente lentos para que Juri os pudesse percepcionar com o seu sharingan, e criou, com chakra, uma esfera de raiton concentrado na sua mão direita. Pequenos raios saíam dessa bola, iluminando o senhor com uma luz azulada nitidamente perigosa. O som criado pelo jutsu era altíssimo e assemelhava-se ao gritar de inúmeras aves em uníssono, como se estivesse a ser mortas violentamente. Por fim o avô correu com leveza em direcção a uma pedra de volume elevado e trespassou-a com o jutsu. O Chidori parecia uma faca quente a passar por manteiga, no momento em que perfurava e destruía de forma irremediável, a pedra. Era difícil de acreditar que uma técnica assim tão poderosa pudesse existir e estar ao seu alcance.

- Muito bem… já viste os selos, já viste o processo de criação e já viste os efeitos. Só falta fazeres também. Concentra o teu chakra na mão, após fazeres os selos, e concentra-te em transformá-lo em electricidade. Conhecendo-te como te conheço, não deves demorar muito tempo a apanhar-lhe o jeito…

O pequeno postou-se imediatamente ao trabalho, realizando o selo lentamente. Não era normal que o jovem utilizasse o sharingan logo à partida quando treinava ou utilizava uma técnica, pois era de evitar uma dependência excessiva dele, mas era como o avô havia dito, o doujutsu teria um papel importante na realização e sucesso da técnica, pelo que mais valia usá-lo desde o início. Após realizar os selos Juri flectiu os joelhos de forma a apoiar-se nas pontas dos pés e estendeu os braços enquanto mantinha o selo do cão. O chakra não demorou muito tempo a tomar uma forma física, era algo que o jovem tinha vindo a treinar desde cedo, mas ainda era difícil moldá-lo de forma a revelar a natureza raiton que possuía. Ao fim de algum esforço e de aplicar um controlo refinado sobre o chakra, o Radin conseguiu que o chakra mudasse, começando a emitir alguns raios ténues e curta duração. Em vez de parar e recomeçar Juri, teimoso como costumava ser, resolveu manter o jutsu nesse nível e ir aumentando a quantidade de chakra, uma persistência que acarretava custos elevados de energia e de cansaço. Após alguns minutos a quantidade de chakra que se transformava em Raiton já rondava os 50%, causando um número muito maior de raios que duravam mais tempo e causavam muito barulho. O pequeno já transpirava de forma abundante e começava a sentir algumas dores no braço, causadas pelo facto de os poros ainda não estarem habituados a lançar tanto chakra, mas mesmo assim ele continuou o jutsu, aumentando cada vez mais o chakra usado.

Nesse momento o avô mexeu-se na direcção do seu neto e começou a realizar alguns selos. O pequeno nem reparou no que estava decorrer até ao momento em que o seu avô lhe tocou nas costas, criando um fuinjutsu básico que forçava o chakra a sair violentamente por todos os poros. Juri nem teve tempo de entender o que o avô tinha feito antes de ser consumido pelas dores dilacerantes. Parecia que a pele toda se ia rasgar aos pedaços e que ia entrar em combustão, tal era a violência com que a enorme quantidade de energia que o seu corpo produzia abandonava o seu ser. O jutsu que ele estava a dominar ganhou proporções enormes, ultrapassando o chidori do avô em tamanho e gasto de chakra. Por fim Juri conseguiu isolar a sua mente da dor que estava a sofrer e um pensamento apenas passou pela sua mente: “Se não impedisse a saída de todo o seu chakra acabaria por morrer”. Muito a custo o jovem concentrou toda a sua energia, todo o seu ser e toda a sua força de vontade num só objectivo: destruir o selo. O seu chakra, tal como a sua mente, organizou-se repentinamente, criando uma aura à volta do seu corpo e começando a concentrar-se nas costas, onde por fim destruiu o selo e se desfez. Conforme a cobertura de chakra se desfez, o jutsu também desapareceu, ficando o jovem com muito pouco chakra e muitas dores, mas vivo. Por fim Juri desmaiou e caiu para trás, já nem sentindo o avô a agarrá-lo.



- Exageraste Tou-san – dizia Riku em fúria ao seu próprio pai, à beira da cama onde Juri tinha sido deitado para se recuperar. Toda a sua pele estava em ferida e gasta, parcialmente destruída pelo evento que decorrera algumas horas antes.

- Nem por isso Riku… não foi nada que estivesse além das capacidades dele, muito pelo contrário. Ele até conseguiu destruir o fuinjutsu por sí próprio. Além disso não fui eu que lhe incuti a mania de minimizar os gastos de chakra logo à partida, antes de sequer entender o funcionamento dos jutsus. Ele estava a lutar consigo mesmo, tentando usar mais chakra e menos chakra em simultâneo. Eu apenas condensei anos de trabalho a resolver esse conflito interno em menos de cinco minutos. Ele compreenderá a seu devido tempo e se lhe deres tempo para pensar nisso. Agora, se não te importas, deixa a médica fazer o seu trabalho… estás a estorvar…



Quando Juri acordou já tinha passado um dia e meio desde o treino do Chidori. O jovem estava num caos interno, sentindo emoções avassaladoras, uma atrás das outras. Por um lado estava confuso por não sentir dores nem desconfortos. Ele livrou-se dos lençóis e saltou da cama, retirando o seu vestuário de seguida e permitindo-se analisar cada centímetro de pele e músculo, verificando que estava em óptimas condições e que se encontrava totalmente recuperado. Por fim vestiu-se, pondo de parte as preocupações com a sua integridade física, e mergulhando no restante caos que passava pela sua mente ao mesmo tempo que mergulhava nos lençóis quentinhos e se preparava para um resto de noite passado sem dormir. O pequeno reviu mentalmente cada segundo e cada sensação e cada acção, encontrando-se magoado por não ter tido aviso prévio do que ia acontecer. Se lhe tivesse sido explicado previamente que ele não estava a adicionar chakra suficiente… ou se lhe tivessem dito para que servia ser sujeitado àquela situação improvável…

Por fim, depois de várias horas a pensar, o moço entendeu finalmente o que tinha ganho com aquela situação. Tinha ganho a capacidade de agir, mesmo numa situação de dores insuportáveis, tinha melhorado o seu controlo de chakra, tinha desbloquado todos os seus poros e toda a rede de chakra e tinha aprendido um jutsu de capacidades épicas. Se tivesse sido avisado do que ia acontecer, tentaria pensar com antecedência e tentado delinear uma estratégia, e acabaria por ganhar metade do que tinha ganho… desta forma tinha conseguido improvisar uma estratégia, usando um método inovador, e tinha aprendido imenso. Estava a amanhecer quando o pequeno chegou finalmente a esta conclusão e nesse momento chegaram o seu pai e o seu avô para o ver, ficando surpreendidos por vê-lo de pé.

- Já de pé Juri? – perguntou Riku enquanto caminhava para o filho de pijama. Ele encontrava-se surpreendido por ver o rapaz já totalmente recuperado e encontrava-se confuso por ver que ele dirigia um sorriso confiante não só ao pai como ao avô. Depois de o cumprimentar e de lhe dar um abraço Juri dirigiu-se ao avô e deu-lhe um valente murro no estômago, que mal foi sentido por este último, saltando de seguida para os seus braços e abraçando-o. Esta sequência de actos confundiu de vez Riku, mas foi claríssimo para o pai deste, que aceitou ambos os sentimentos do neto com um sorriso.

- Suponho que o mereço por te ter tratado de forma tão violenta anteontem… - disse o avô para o ar, sem exigir uma resposta ou uma confirmação. Era um facto e era sabido pelos dois. Por fim o pequeno virou-se para o pai e disse num tom claro e feliz:

- Olha o que é que eu aprendi Tou-san… - disse o pequeno enquanto esticava o braço esquerdo e formava nele uma bola reluzente de raiton que lançava raios por toda a sala, uma luz azulada e um som estridente e constante -… Chidori





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