Cela de Segurança Máxima

Corredores escuros seguiam, como se não tivessem fim. Muitas portas marcavam a parede. Algumas davam acesso a celas dos prisioneiros, enquanto outras eram armadilhas mortais, tal como jutsus pré preparados, e até mesmo canhões de lácryma prontos a disparar caso a porta se abrisse.

Dois pequenas bolas vermelhas pairavam a alguns centímetros do chão, seguindo em direção a um corredor, aparentemente interminável. Passou então embaixo de um pequeno lampião, e revelou do que se tratava. Era uma raposa branca, de porte pequeno. Caminhava calmamente, analisando cada porta, sem abrí-la.

Após alguns minutos, e alguns metros andandos, finalmente a raposa parou, ficando estática. Os olhos se fecharam, e então o corpo da raposa começou a ficar transparente. Tsujo estava atravessando do plano material para o astral, o que lhe permitia violar as leis da física, uma vez que estas só se aplicavam ao plano material. Desceu então para o chão, e o atravessou, sumindo.

Alguns instantes, e então um pequeno foco de luz surgiu no meio do breu. Esse ponto luminoso foi aumentando de pouco em pouco, e estava do tamanho de uma bola de baseball, quando ela explodiu, liberando uma massa de luz. Do meio da luz surgiu então a figura que iria traçar um novo rumo na vida de uma pessoa, dali para frente.

Yumei vestia seu típico vestido brando, com os cabelos loiros a cair-lhe sobre os ombros. Trazia somente na cintura uma pequena bolsa, onde esta carregava vários pergaminhos, sendo que cada um deles invocava uma das coisas mais importantes para a jovem Nukekage.

- É esta a porta, Tsujo? - Melodiosa e doce, a voz de Mei ecoava, mais parecia estar falando sozinha.

- Sim, ele está ai, minha senhora. - Respondeu a raposa, surgindo ao lado da moça, pairando próxima ao seu ombro.

- Kyuu, está acordada?

- Eu nunca durmo... - Surgia uma voz rouca, que somente Yumei ouvira, uma vez que estava dentro de sua cabeça.

- Certo, fique preparada para usar todo seu poder, caso necessário.

A raposa de nove caudas respondeu com um pequeno ronrronar. Estavam todos preparados. Yu olhou para a porta, e então sumiu. Surgiu dentro da sala, que não era muito ampla. No fundo dela havia um homem, preso a uma cruz, com os braços abertos e pernas juntas. Vários kanjis de Fuuinjutsu inibiam todas as suas habilidades.

- Vejo que se encontra em uma situação bem tensa, não é mesmo, amigo? - Os olhos meigos da Kage fitaram o rapaz que estava recebendo sua sentença. Se Mei não o libertasse, aquela cela seria seu túmulo, afinal, ele estava literalmente condenado a morte, mas não diretamente. Com um estalo de dedos os kanjis caíram ao chão, libertando o poder do rapaz. Mei aproximou-se e então sacou um dos pergaminhos de sua bolsa, e esse rapidamente tornou-se em sua espada, Fleuret, e com um movimento rápido, cortou as grossas correndes de ferro que prendiam o rapaz a sua cruz.

Segurou o corpo do jovem em meio a queda, amparando-o com os braços e o pousando deitado no chão.

- Consegue andar?